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Joana Cavalcanti.

Tão simples assim.

Joana Cavalcanti.

Tão simples assim.

amor-música

25.06.19, Joana Cavalcanti

Existem histórias de amor em que a música é talvez tão importante como um beijo.

Talvez não. Existem mesmo.

Os que começam com ela, ela que marca fases dessas histórias. De primeiros tudos. Primeiros nadas. Primeiros para sempre.

Esfumei num espaço temporal já longo. Perdi sorriso, o meu lado pateta e gozão, tornei-me um "tanto faz" ansioso frenético, aos ombros com a palavra Medos em balancé.

Estás farto. Não aguentas mais. Eu também acredita. E se tudo se torna skinny love estamos os dois metidos nisto.

No. 1 Party Anthem e estamos a em Algés atrás de um poste num festival a tentar ver o (meu) Alex Turner. e Beijo à chuva quando te tentei fugir um dia.

Samuel Úria...apaixonei-me pelo sol que vinha da janela, mesmo que a chorar já baba e ranho. "teremos sempre Paris, construído de raiz, com cobertores..."

Menina e está na hora de ir para a frente! Vem o Zambunjo e vem a lambreta e sonhos de ir para a praia a fugir ao trânsito, sem calças na mão.

Mumford and Sons, e eternas viagens de carro sem perder fim. Loriga, Porto, Algarve...Concertos do David Fonseca "pela estrada fora", e amigos.

Ring of Fire, 2010, o meu quarto em casa da minha mãe, um pc e o primeiro filme que vimos juntos - Walk the Line.


Russian Red - the sun, the trees...e desafinanços nossos. Aquela do Beck, seta para o coração num misto de emoções.

1901, I need my girl, canções que te mostrei e nos ficaram no coração. E Ne me quitte pas! And Classy Girls don't drink in bars you fool ;) mas espetam primeiros beijos sem vergonha na rotunda entre casa e a Igreja. Primeiros beijos com que não contavas.

That's what's up! e mil sorrisos, saudades de praia, jardins, dançar contigo, ainda que que a tua dança seja um slow dos anos 90... Little talks, fica dito. Gosto de Ti.

Beirut...quantas vezes sonhei enviar postais de Itália e regressar, sabe a casa. Todas aquelas cores e os mil livros que já li, e a vez que lhe "toquei".

"Vamo embora...morena dança", como esta me aquece o coração, in a Sky Full of Stars meu Amor.


You Sun Of a Gun...tão minha, tão prenda. Matou-me em flash... Desci as escadas do metro ao ritmo, de novo, desta vez em imaginação.

Por fim Disclosure ft Flume - You and Me, tão intenso como nós.

23 canções que me ofereces-te no Spotify.

23, Primeiro dia de "És Tu".


O amor pode ser meio estranho por agora, mas esta banda sonora é beijo de língua e cafuné. Pra Sempre.

Gonçalo

20.06.19, Joana Cavalcanti

"nada como criar uma playlist com hit's dos anos 90.

Por nos phones bem alto como se fosse um walkman.

Libertar os problemas. Pelo menos deixar que não existam durante aquela hora de acordes.

Acordes livres, rasgados, loucos ou suaves num slowmotion acústico."

Noa Pothoven (Carta)

05.06.19, Joana Cavalcanti

noa-pothoven-0389-1.jpg

Tenho os olhos inchados de chorar, e tanta coisa por escrever sem o conseguir...está preso no peito.
Não sofri de abuso sexual, sofri de abuso psicológico que às vezes dizem ser pior. Sei as dores dela nos ossos, a anorexia, a depressão, e também eu sofro de stress pós traumático.
Traumas...querida Noa, estas dores que deixam nojo, vergonha, de quem somos. E senti-mo-nos assim - farrapos. Ora pessoas ora não no merecimento de o ser.
 
Tenho 30 anos, vivo desde os 13 com distúrbios alimentares, depressão, e TAG (transtorno de ansiedade generalizada), acrescentando Síndrome do Pânico...
Noa, só sei que me fizeste não ter vergonha de nada que sinto. De ter uma doença mental e chamar-lha assim. De escrever e divulgar que esta dor é bem real e que também já quis deixar de existir. várias vezes.
 
Em tudo és legitima no meu coração, Noa. Estrela hoje no meu mapa de constelações. E Eu cá fico suportar o trauma e um dia já de cabelos brancos, algures, contar-te sem qualquer superioridade como é que esse filho da mãe se espanta, se é que...e ouvir a tua dor, "pra'acalmar".